quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ministros do TSE inocentam Rosalba Ciarlini e Cláudia no caso da perfuração do poço

defato.com-Blog do César Santos
A ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) e a prefeita cassada e afastada da Mossoró, Cláudia Regina (DEM), foram absolvidas por unanimidade no processo que envolvia a perfuração de um poço tubular em uma comunidade rural da cidades durante a campanha eleitoral de 2012.
O processo foi julgado na manhã desta quinta-feira (29) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
O voto da relatora do processo, ministra Maria Thereza de Assis de Moura, pela absolvição de Rosalba e Cláudia, foi acompanhado por todos os ministros.
Rosalba e Cláudia foram condenadas em primeiro e segundo graus da Justiça Eleitoral. A ex-governadora foi acusada de beneficiar a candidatura de Cláudia ao visitar a comunidade rural, apenas acompanhada do então secretário de Recursos Hídricos do Estado, Gilberto Diógenes. Não havia no local nenhuma manifestação de campanha. Cláudia sequer estava presente.
Os ministros entenderam a necessidade da ação governamental, sem viés político. A ministra Maria Thereza, em sua decisão, acompanhada pela Corte, desfez a condenação de suspensão dos direitos políticos (Rosalba) e cassação de mandato (Cláudia), transformando a pena em multa.

No segundo processo em julgamento, a relatora Maria Thereza também decidiu por reformar a sentença de perda dos direitos políticos de Rosalba, transformando em multa, mas manteve a condenação de Cláudia Regina.

O processo foi suspenso com o pedido de vistas da ministra Luciana Lóssio, devendo voltar a pauta na sessão da próxima quinta-feira (5).



quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Chimbinha escolhe Thábata Mendes para a ssumir vaga de Joelma na Calypso



Chimbinha já escolheu a cantora com quem irá dividir o palco da banda Calypso após a saída de Joelma. A nova vocalista do grupo se chama Thábata Mendes e tem apenas 28 anos.
Segundo o jornal "Extra", a loira já está fazendo fotos para o material de divulgação e deve ser apresentada oficialmente à imprensa na próxima semana.Conheça mais sobre a jovem a seguir!Nascida em uma família de artistas de circo, Thábata é do Rio Grande do Norte e, além de cantora, também é compositora
Antes de receber o convite do ex-marido de Joelma, Thábata cantou em um grupo de axé e investiu também no gênero sertanejo.Trabalhando com arte desde os nove anos, a cantora já atuou como malabarista e palhaça em circos do Nordeste.Thábata já tem fã-clube e perfis lotados nas redes sociais. A cantora assumirá a vaga de Joelma em 2016. 
msn-noticias

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Presidente Dilma deveria renunciar 'com grandeza', avalia FHC


© Fornecido por Notícias ao Minuto
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reafirmou na noite desta segunda-feira considerar a presidente Dilma Rousseff uma pessoa "honrada", mas não fez a mesma observação em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vejo a Dilma pessoalmente envolvida (em corrupção). Quanto ao Lula tenho que esperar pra ver, tem muita coisa pra ser passada a limpo", disse no programa Roda Viva, da TV Cultura.

"Acho até que elas tentou se livrar de muitas dessas coisas e não conseguiu", disse FHC sobre a dificuldade, a seu ver, de Dilma em enfrentar estruturas de corrupção já instaladas na máquina estatal. "Ela é pessoalmente honrada, mas politicamente ela também é responsável", ressalvou ao avaliar que não é possível um presidente não saber que há algo de errado quando existe um esquema de corrupção do tamanho que existia na Petrobras.

FHC disse brevemente que considera aceitável um ex-presidente dar palestras pagas por empresas, mas que vê com receio a atitude de "abrir portas", em especial quando essa ponte é feita para alguma empreiteira específica.

Escândalo na Petrobras

FHC pediu uma pausa nas perguntas para fazer uma ressalva sobre um trecho do seu livro Diários da Presidência - Volume I, que foi divulgado na imprensa. No trecho, o tucano confidencia que pensou em intervir na Petrobras depois de ser alertado, em outubro de 1996, pelo empresário Benjamin Steinbruch, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de que a estatal petroleira era "um escândalo".

O ex-presidente destacou que se referia, à época, que a forma de administrar a empresa era um escândalo e que não falava de qualquer indício de corrupção - no livro ele destaca que era descabido o fato de os diretores comporem o conselho de administração. "Essa corrupção que está aí começou bem datadamente no governo Lula."

Marcelo Odebrecht

Ao comentar de forma passageira a situação do empreiteiro, preso na Lava Jato, FHC ponderou que a medida da prisão "se justifica, mas tem limite". "Não pode se transformar prisão preventiva em instrumento de prisão permanente", avaliou. Com informações do Estadão Conteúdo.

msn-noticias

Começa fechamento do Hospital da Mulher de Mossoró

Uma operação político-administrativa está em andamento, para materializar o fechamento do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. Governo do Estado e Prefeitura agem em duas frentes.
Existem dois objetivos nessa articulação: político e de melhor uso de recursos financeiros da Saúde do Estado.
      Hospital da Mulher está, como quase sempre, recheado de problemas (Foto: Carlos Costa)
À semana passada, através da Junta Interventora da Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR), que passou a ser tratada como Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), também como parte de uma operação para “desrosadizar” a entidade, anunciou instalação de mais quatro leitos de UTI Adulta (veja AQUI).
Paralelamente, o Governo Robinson Faria (PSD) não paga há três meses os 12 médicos que trabalham na UTI Adulta do Hospital da Mulher. Uma dívida da ordem de R$ 300 mil.
Redirecionar recursos
É possível que ocorra paralisação dos serviços nos próximos dias, apurou o Blog.
Outras cooperativas funcionais também estão com atraso em pagamento, que totalizam dois meses.
O aluguel do imóvel também não vem sendo pago.
Em articulação com o prefeito Francisco José Júnior (PSD), o Governo Robinson pretende fechar o hospital para redirecionar os recursos gastos nele. A ideia é transferir maior aporte financeiro para a Dix-sept Rosado, ou HMAC, como queira, afim de lhe garantir fôlego para funcionar.
O prefeito, que trabalhou sua intervenção e passou a dar suporte ao seu funcionamento desde outubro do ano passado, teme perder seu controle.
Tarcísio Maia
O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) também faria parte da alteração, sendo beneficiado com o “ganho” do fechamento do Hospital da Mulher. Por lá, o Governo do Estado ainda tem planos de retomar obras paradas desde a gestão Rosalba Ciarlini (DEM).
Entre 2,5 e três milhões de reais ficariam “disponíveis”, mensalmente, para que Estado e Município pudessem aplicar nessas duas frentes.
Médicos e servidores do Hospital da Mulher mobilizaram-se há poucos dias, contra o fim das atividades dessa unidade hospitalar. O discurso do governismo foi de que não existiria essa pretensão (veja AQUI).
No meio desse desgastante quadro, parturientes, bebês, famílias de Mossoró e dezenas de municípios que temem o retorno a um tempo em que parir na cidade era quase impossível. A saída seria Russas (CE) ou Ceará e Fortaleza para os mais abonados.
Pobre Mossoró!
blogdocarlossantos


sábado, 17 de outubro de 2015

PF vai apurar doações à campanha de 2014 de Dilma

       Agência O Globo
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar suspeita de que a campanha à reeleição da presidente Dilma foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. A investigação foi recomendada pelo ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral, para quem há indícios de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, o que ensejaria abertura de ação penal pública.

As contas foram aprovadas com ressalvas em dezembro de 2014. Mas Gilmar, relator da prestação de contas, manteve o processo aberto, para averiguar eventuais irregularidades. “É importante ressaltar que, julgadas as contas da candidata e do partido em dezembro de 2014, apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investigações no suposto esquema de corrupção ocorrido na Petrobras, vieram a público os relatos de utilização de doação de campanha como subterfúgio para pagamento de propina”, escreveu.

Segundo ele, “o dinheiro recebido pelas empresas nos contratos mantidos com a Petrobras teria sido, supostamente, devolvido em forma de propina ao PT, travestida de doação de campanha, entregue diretamente ao seu tesoureiro, ou oculta por financiamento de publicidade”. O relator concluiu que houve, em tese, financiamento indireto de campanha por empresa impedida de doar, já que a Petrobras é sociedade de economia mista.



Agência O Globo -

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Marco Aurélio Mello defende renúncia coletiva de Dilma, Temer e Cunha



© Fornecido por Notícias ao minuto…

O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, defende uma forma, segundo o magistrado, “não traumática” para o país superar a crise, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Para ele, o ideal seria a “renúncia coletiva” da presidente Dilma Rousseff, do seu vice Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

“Falo como cidadão e em uma perspectiva utópica, já que seria algo impensável para os atuais detentores dos poderes”, diz ele.
Para o ministro, “o mal maior, a crise econômica”, está sendo deixado em “segundo plano” por “interesses políticos”.



msn-noticias

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Itália pede para ouvir Lula


A Itália pede oficialmente ao Brasil para interrogar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva num caso envolvendo um empresário italiano e o ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi. Ele seria ouvido na condição de testemunha.
Fontes no Ministério da Justiça da Itália confirmaram com exclusividade ao Estado que uma carta rogatória já foi enviada para Brasília em setembro e, nela, o Ministério Público italiano pede informações sobre a suposta relação entre Lula e Valter Lavitola, o ex-número um de Berlusconi, operador de diversos dos negócios do ex-chefe de governo italiano e que foi condenado por extorsão e cumpre prisão em Nápoles. A carta também pede que Lula seja ouvido. 
O documento foi transmitido pelo Ministério da Justiça, em Roma. No Brasil, seria o Ministério da Justiça que também receberia o pedido e tem a função de encaminhá-lo para a Procuradoria-Geral da República. Por enquanto, o Brasil não deu uma resposta se aceita a cooperação. 
O pedido de informação e para que Lula seja ouvido é baseado em uma carta datada de 13 dezembro de 2011 e endereçada por Lavitola a Berlusconi. Nela, o empresário cita o ex-presidente Lula. Ele fala de uma concessão para a exploração de madeira na Amazônia que teria adquirido. 
Na carta do empresário, Lula é citado como tendo atuado para favorecer o italiano em uma disputa legal quando Lavítola teria vendido parte da concessão para uma segunda empresa, de nacionalidade chinesa e que também não teve seu nome revelado. "Ele (Lula) só conseguiu obter da direção da companhia compradora que, com uma sentença (obviamente concordada) de uma Corte Arbitral, venha impor a eles um acordo comigo", escreveu o italiano.
Lavitola lamenta, porém, que, naquele momento, o ex-presidente brasileiro não estaria mais ajudando. "O calor do processo judiciário está determinando um compreensível, mas odioso, ostracismo em minha relação. Ninguém quer assinar nada que tenha a ver comigo e infelizmente o presidente Lula (que se confirmou como um verdadeiro amigo) já não conta quase nada", escreveu na carta endereçada a Berlusconi.
Na rogatória, as autoridades italianas pediram esclarecimentos sobre vários aspectos, entre eles a relação que teria existido entre Lula e Lavitola, além da influencia de Lula na negociação para a concessão do direito de exploração de madeira na Amazônia. Um terceiro ponto solicitado se refere à suposta atuação do ex-presidente para intervir em uma disputa entre a empresa do italiano e compradores chineses.
As autoridades italianas até hoje não conseguiram identificar qual seria essa madeireira de Lavitola e esperam contar com as respostas de Lula para mapear os negócios do italiano no Brasil. Em maio de 2014, quando a reportagem do Estado revelou a carta entre Lavitola e Berlusconi, a assessoria do ex-presidente disse, por meio do Instituto Lula, que ele nunca ouviu falar de Lavitola. 
O italiano morou no País e, em 2008, obteve um visto de residência. Documentos do Banco Central vistos pelo Estado revelam, por exemplo, que Lavitola estava registrado no órgão, chegou a ter importações financiadas e até mesmo um CPF.
O único registro conhecido de madeireira ligado à Lavitola é a Maremma, uma holding que tem sede oficial em Nova York. Mas seus escritórios ficam em Roma. Ela faz parte do Bonaventura group llcc, empresa de Lavitola que centraliza todos seus negócios e que, segundo a Justiça, chegou a acumular ativos de 5 bilhões de euros no auge do poder de Lavitola.
Esse não é o primeiro pedido de cooperação que a Itália faz ao Brasil. Em 2013 foi mandada uma rogatória onde o Ministério Público italiano pedia informações sobre Herodoto Campos, Neire Cássia Pepes Gomes e Danielle Aline Louzada, suspeitos de serem laranjas para atuar em nome de Lavitola no Brasil. O italiano passou parte das ações de sua empresa com sede em Nova York para essas duas brasileiras.
A busca por informações sobre Lula também nãl é nova pelos fiscais italianos. Em março de 2014, o Ministério Público interrogou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para tentar colher informações que pudessem auxiliar uma investigação de indícios de corrupção envolvendo Valter Lavitola e Berlusconi em negócios com empresas italianas no Brasil. Pizzolato, que foi ouvido na prisão, não deu qualquer tipo de resposta quando foi questionado sobre o assunto.
Origem
A correspondência de 13 de dezembro de 2013 e que serve como ponto de partida para a carta rogatória ao Brasil foi usada como base do processo que condenou Lavitola à prisão por tentar extorquir Berlusconi em 5 milhões de euros. O Ministério Público italiano está convencido de que Lavitola guarda "importante segredos" em relação ao ex-primeiro-ministro.
O documento que deu origem ao pedido para que Lula seja interrogado foi encontrado nos computadores apreendidos de um outro suspeito de fazer parte de esquemas de corrupção, o ítalo-argentino Carmelo Pintabona.
Na carta de 20 páginas, escrita no Rio em 2011, Lavitola lista favores que já havia prestado ao Berlusconi e cobra do ex-primeiro-ministro ajuda financeira. Lavitola já estava sendo investigado e temia ser preso, como acabaria acontecendo.
A primeira cobrança é de que, se um dia saísse da prisão, Lavitola contaria com Berlusconi para poder viver no Brasil. "É necessário que, quando eu sair da prisão, que eu vá viver no Brasil", escreveu ao ex-premiê.
Versões
Depois de ter admitido em uma primeira audiência nos tribunais italianos que a carta era dele, Lavitola mudou sua versão em diversas oportunidades. Em 2012, ele declarou que não chegou a mandar a carta a Berlusconi. Agora, seu advogado, Antonio Cirilo, diz que a carta é falsa e que alguém do "serviço secreto americano" a escreveu.
Pintabona, em uma audiência no MP italiano, confirmou a veracidade da carta. No mesmo interrogatório, Pintabona afirma que Lavitola foi quem o apresentou a Berlusconi durante a viagem do ex-premiê ao Brasil. Lavitola é investigado por ter promovido, naquela viagem, uma festa em São Paulo para Berlusconi com a presença de prostitutas.
Valter Lavitola foi acusado pela Justiça italiana de ter facilitado uma série de esquemas financeiros comprometendo Berlusconi.
Apontado como o operador de Berlusconi, Lavitola vivia no Rio de Janeiro em 2011, quando fugiu para o Panamá depois de ser indiciado naquele mesmo ano na Itália. Mas se entregou em 2012 e retornou para Roma. Ex-editor do jornal Avanti, Lavitola é acusado de ter pago US$ 24 milhões em propinas às autoridades do Panamá para que o governo centro-americano fechasse um acordo para a compra de radares e outros equipamentos militares da gigante italiana Finmeccanica.
Lavitola também foi acusado e condenado por extorsão contra Berlusconi, exigindo 5 milhões de euros por seu silêncio em relação às atividades do ex-primeiro-ministro. 


ESTADÃO

© Foto: Lunae Parracho/Reuters Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de homicídios em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes).


A região com a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente. No Nordeste, o estado com  a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes é o Ceará, com 46,9 homicídios, equivalente a 4.144 mortes, s eguido de Sergipe (45 assassinatos por 100 mil habitantes)
Os dados, de 2014, estão no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado nesta quinta-feira (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça. 
No estado do Ceará, as maiores taxas de homicídios são registradas nas cidades de Fortaleza (72,7), Maracanaú (73,7) e Caucaia (65,8), na região metropolitana.
Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de homicídios em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No rankingabsoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).
“Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que a do Nordeste brasileiro”, informa o relatório.
Metodologia
De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da federação e a região administrativa da Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.
A intenção do documento é que funcione com uma ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais.Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014. 
Editor Talita Cavalcante

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Fux rejeita pedido para suspender análise das contas de Dilma no TCU

Governo pediu o afastamento do relator do caso, ministro Augusto Nardes.

Augusto Nardes acusou Planalto de intimidação com tentativa de afastá-lo.

Renan Ramalho Do G1, em Br 

Em ação protocolada nesta terça na Suprema Corte, o governo pedia que o julgamento fosse suspenso até que o TCU analisasse, antes das contas, um pedido de afastamento do relator do processo, ministro Augusto Nardes, acusado pelo Planalto de não demonstrar isenção e imparcialidade para estar à frente do caso.
Na decisão, Fux disse que, caso “constatado a posteriori qualquer ultraje ao devido processo legal”, a decisão poderá ser revista, como prevê a legislação brasileira.
Uma eventual desaprovação das contas no TCU pode levar o Congresso a rejeitar as contas, o que abre caminho para um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Na última segunda, Nardes criticou o governo por tentar intimidá-lo e negou que tenha antecipado seu voto sobre as contas. "O governo está tentando intimidar a mim e ao Tribunal de Contas da União, mas não vamos nos acovardar [...] Realizamos um trabalho técnico de forma eficiente e coletiva na análise de contas", afirmou em nota.
O governo questiona a postura de Nardes por ter emitido opiniões antes do julgamento. Alega que o regimento interno do TCU e a lei orgânica da magistratura – aos quais os ministros do tribunal estão submetidos – proíbem os magistrados de emitir opinião sobre processos que estejam conduzindo.
'Pedaladas fiscais'
O primeiro pedido de esclarecimentos sobre as contas de 2014 foi feito em junho pelo TCU, com prazo de 30 dias para resposta. Mas, devido à inclusão de novos fatos ao processo, o governo acabou ganhando mais tempo para se defender da suspeita de ter adotado manobras para aliviar, momentaneamente, as contas públicas.
Entre as supostas irregularidades analisadas pelo TCU estão as chamadas “pedaladas fiscais”, que consistem no atraso dos repasses para instituições financeiras do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários. A manobra obrigou instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usarem recursos próprios para honrar os compromissos, numa espécie de “empréstimo” ao governo.
O Executivo, porém, argumenta que não há irregularidades na prática e que o procedimento já foi realizado pelos governos anteriores, sem ter sido questionado pelo TCU. De acordo com o governo, a mesma justificativa vale para a edição de decretos que abriram créditos suplementares sem autorização prévia do Congresso Nacional – outro ponto questionado pela corte. As explicações entregues pela A somam mais de 2 mil páginas.

Irresponsabilidade com gastos dá impeachment? Juristas expõem visões opostas

Mariana Schreiber -Da BBC Brasil em Brasília 
ReutersImage copyrightReuters

Contas de 2014 do governo de Dilma Rousseff serão alvo de parecer do TCU
Esta quarta-feira pode ser um dia decisivo para a presidente Dilma Rousseff. O Tribunal de Contas da União (TCU) deve emitir um parecer sobre as contas do governo de 2014, recomendando ao Congresso Nacional rejeitá-las ou aprová-las.
Há a expectativa de que a maioria da corte, formada por nove ministros, vote pela reprovação da gestão fiscal petista, devido a operações irregulares que teriam melhorado artificialmente o resultado do Orçamento e evitado a necessidade de cortes de gastos no ano eleitoral.
Um parecer nesse sentido aumentaria a pressão para que o Congresso rejeite as contas de Dilma, decisão que a oposição pretende usar para fundamentar a tentativa de abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados. A BBC Brasil entrevistou dois juristas sobre essa possibilidade, um contra e outro a favor.
Na avaliação de Joaquim Falcão, diretor da faculdade de Direito da FGV-Rio, a rejeição das contas não é suficiente para embasar um impeachment. Entre outros argumentos, ele cita o fato de que não há precedente de uma autoridade do Poder Executivo (seja governador ou prefeito) afastado do cargo por esse motivo.
Já o professor de direito administrativo da PUC-SP Adilson Dallari, defende o contrário e sustenta seu argumento no artigo 85 da Constituição Federal, que prevê que "atos que atentem contra a lei orçamentária" são crimes de responsabilidade que podem gerar impeachment.
Leia também: TSE decide seguir com investigação sobre campanha de Dilma; entenda o que está em jogo
Leia também: Campanha agressiva e sem ética se voltou contra Dilma, diz ex-coordenadora de Marina
Diante do risco elevado de uma decisão desfavorável no TCU, o governo vem atuado para tentar atrasar a apreciação das contas pela corte. No início da semana, a Advocacia-Geral da União protocolou um pedido de suspeição (quando há suspeita de falta de imparcialidade) contra o ministro-relator do caso, Augusto Nardes, tentando afastá-lo do julgamento. A justificativa é que ele deu diversas declarações à imprensa antecipando seu voto contra o governo, o que é proibido pelas regras do tribunal de contas.
A previsão estabelecida pelo TCU é que os demais oito ministros decidam na tarde desta quarta-feira, em sessão marcada para às 17h, se Nardes deve ou não ser afastado. Caso votem pela sua manutenção no caso, a apreciação das contas ocorrerá em seguida.
No entanto, na noite de terça-feira o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a análise das contas até que o TCU decida sobre o pedido de afastamento de Nardes. Uma decisão do ministro do STF Luiz Fux é aguardada para esta tarde.
Confira abaixo a opinião dos dois juristas ouvidos pela BBC Brasil: A rejeição das contas de governo é motivo para um processo de impeachment?
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NÃO
Joaquim Falcão, diretor da faculdade de direito da FGV-Rio, considera que uma eventual parecer do TCU pela rejeição das contas de 2014 do governo de Dilma Rousseff, mesmo que venha a ser confirmado pelo Congresso, não é suficiente para justificar juridicamente a abertura de um processo de impeachment da presidente.
Ele argumenta que não haveria precedente de decisões anteriores nesse sentido. Segundo pesquisa realizada por sua equipe, a punição aplicada pela Justiça Eleitoral a prefeitos e governadores que já tiveram as contas rejeitadas pelo Poder Legislativo local foram multas e a proibição de poder se candidatar nos anos seguintes.
"Será uma novidade você dizer que cometer crime contra responsabilidade fiscal dá impeachment. Nunca houve (impeachment por rejeição de contas)", disse.
Leia também: Quem ganha e quem perde com a reforma ministerial?
"Depois, uma eventual rejeição (das contas) vai ser contestada no Supremo pelo governo. É imprudente o Congresso decidir (abrir um processo de impeachment) com base em um assunto pendente no Supremo", destacou.
Outro ponto citado por Falcão para refutar essa hipótese é que as contas que estão sendo analisadas pelo TCU são de 2014, último ano do primeiro mandato de Dilma, e a Constituição Federal prevê que apenas crimes de responsabilidade praticados no atual mandato poderiam justificar um impeachment. "Ou seja, mais uma questão para o Supremo", afirma.
Além, disso, observa Falcão, mesmo que tenha havido irregularidades, teria que ser comprovado que foi uma decisão direta da presidente para que seja possível sustentar a abertura de um processo de impeachment. "O terceiro argumento (contra a abertura de impeachment) é que não é um ato individual dela, mas é uma política de governo (a gestão fiscal)", diz.
"Meu raciocínio é que esse conjunto torna a coisa, do ponto de vista técnico, extremamente difícil", acrescentou.
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Futuro do segundo governo Dilma passa pela decisão do TCU
O diretor da FGV Direito Rio, no entanto, não descarta completamente a possibilidade de impeachment devido ao aspecto político do julgamento. Ele ressalta, porém, que um impeachment sem uma justificativa clara poderia comprometer a imagem do Brasil perante à comunidade internacional, o que pode servir como um fator inibidor desse processo.
"É um julgamento político. Então, o Congresso pode dizer, como disse para o (ex-presidente Fernando) Collor, que isso (a rejeição das contas) fere a dignidade do cargo. Agora, você ferir a dignidade do cargo é uma coisa muito ampla. Não existe uma definição unívoca do que é a dignidade. O que vai decidir isso é o número de votos (no Congresso)", observou.
"Estive com vários banqueiros e investidores. Para o mercado externo, é muito complicado um impeachment que não seja totalmente claro porque a continuidade democrática é um dos ativos do Brasil hoje. A visão externa não comporta interpretações muito elásticas", insistiu.
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Ele observa que, no caso o impeachment do Collor, havia comprovações de uso de recursos provenientes de corrupção para uso pessoal, como a compra de um carro Fiat Elba.
Na avaliação de Falcão, a estratégia da oposição à Dilma é "criar um clima de insegurança a favor do impeachment". Segundo ele, "nenhum dos pedidos (de abertura de processo já apresentados na Câmara) traz fatos concretos".
"Eles tratam de hipóteses com base em decisões futuras do TSE (que vai julgar as contas de campanha de Dilma) ou do TCU. De momento não tem nada. O que não quer dizer que pode vir a ter", ressalta.
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SIM
O jurista Adilson de Abreu Dallari, professor de direito administrativo da PUC-SP, produziu em maio um parecer sustentando que Dilma poderia sofrer um impeachment por atos do primeiro mandato do seu governo. O documento havia sido encomendado pelo Instituto dos Advogados de São Paulo.
De lá para cá, ele considera que as evidências de irregularidades na gestão fiscal se avolumaram e tornaram mais fortes os argumentos favoráveis ao impeachment.
Ele cita o artigo 85 da Constituição Federal que prevê que "atos que atentem conta a lei orçamentária" são considerados crimes de responsabilidade. Na sua avaliação, o governo também desrespeitou trechos da lei 1.079, que regulamenta o processo de impeachment, e a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que o governo tome recursos emprestados de bancos públicos.
O professor destaca o caso das "pedaladas fiscais", em que o governo atrasou em grande volume (R$ 40 bilhões) repasses para bancos pagarem benefícios como o Bolsa Família e o seguro-desemprego. Como os bancos desembolsaram os recursos mesmo assim, isso configuraria empréstimo à União.
Leia também: Quais podem ser as consequências políticas da denúncia contra Cunha?
Dallari considera que o caso é ainda mais grave porque as irregularidades melhoram as contas públicas artificialmente em ano eleitoral. Na sua avaliação, já está comprovado que houve crimes.
"No Tribunal de Contas, o ministro decide depois do pronunciamento dos órgãos técnicos. E os órgãos técnicos já se pronunciaram. Então, não dá mais para negar um fato, porque está tudo documentado", disse.
Dallari argumenta que Dilma tem responsabilidade direta sobre os atos praticados.
"Pela Constituição Federal, o Presidente da República é o chefe de governo. Os ministros são subordinados. Então, a responsabilidade é do chefe. Não tem como escapar disso", argumenta.