Uma operação político-administrativa
está em andamento, para materializar o fechamento do Hospital da Mulher
Parteira Maria Correia. Governo do Estado e Prefeitura agem em duas frentes.
Existem dois objetivos nessa
articulação: político e de melhor uso de recursos financeiros da Saúde do Estado.
Hospital da Mulher está, como quase
sempre, recheado de problemas (Foto: Carlos Costa)
À semana passada, através da Junta
Interventora da Casa de Saúde Dix-sept Rosado (CSDR), que passou a ser tratada
como Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), também como parte de uma
operação para “desrosadizar” a entidade, anunciou instalação de mais
quatro leitos de UTI Adulta (veja AQUI).
Paralelamente, o Governo Robinson
Faria (PSD) não paga há três meses os 12 médicos que trabalham na UTI Adulta do
Hospital da Mulher. Uma dívida da ordem de R$ 300 mil.
Redirecionar recursos
É possível que ocorra paralisação dos
serviços nos próximos dias, apurou o Blog.
Outras cooperativas funcionais também
estão com atraso em pagamento, que totalizam dois meses.
O aluguel do imóvel também não vem
sendo pago.
Em articulação com o prefeito
Francisco José Júnior (PSD), o Governo Robinson pretende fechar o hospital para
redirecionar os recursos gastos nele. A ideia é transferir maior aporte
financeiro para a Dix-sept Rosado, ou HMAC, como queira, afim de lhe garantir
fôlego para funcionar.
O prefeito, que trabalhou sua
intervenção e passou a dar suporte ao seu funcionamento desde outubro do ano
passado, teme perder seu controle.
Tarcísio Maia
O Hospital Regional Tarcísio Maia
(HRTM) também faria parte da alteração, sendo beneficiado com o “ganho” do
fechamento do Hospital da Mulher. Por lá, o Governo do Estado ainda tem planos
de retomar obras paradas desde a gestão Rosalba Ciarlini (DEM).
Entre 2,5 e três milhões de reais
ficariam “disponíveis”, mensalmente, para que Estado e Município pudessem
aplicar nessas duas frentes.
Médicos e servidores do Hospital da
Mulher mobilizaram-se há poucos dias, contra o fim das atividades dessa unidade
hospitalar. O discurso do governismo foi de que não existiria essa pretensão
(veja AQUI).
No meio desse desgastante quadro,
parturientes, bebês, famílias de Mossoró e dezenas de municípios que temem o
retorno a um tempo em que parir na cidade era quase impossível. A saída seria
Russas (CE) ou Ceará e Fortaleza para os mais abonados.
Pobre Mossoró!
blogdocarlossantos
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